Impressiona-me a capacidade de desagregação
partidária de Marina Silva, deixada como legado aos partidos que a abrigaram.
Em 2010, sob a bandeira do PV, após a disputa presidencial, não restou pedra
sobre pedra, e o PV até hoje amarga brigas internas que o fizeram retornar à
condição de nanico político. Os verdes históricos, como Fernando Gabeira,
sequer querem mais saber de disputar cargos eletivos por um partido que se
queria sério.
Segue ilustração do problema verde:
Agora, com o PSB, a história se repete. Aquele que
já foi um dia um partido de lutas sociais, de bandeiras políticas arrojadas,
após a tempestade tropical Marina, tornou-se um arremedo de partido, que se
entregou sofregamente ao canto conservador da sereia, negando sua história e envergonhando
seus ativistas autênticos. Não é por menos que nomes consagrados do PSB, como a
senadora Lídice da Mata (BA), a deputada federal Luíza Erundina (SP) e o
presidente do partido Roberto Amaral, indignaram-se com essa postura
subserviente do PSB. Até a vereadora do Recife Marília Arraes, prima do ex-presidenciável
Eduardo Campos e neta de Miguel Arraes, declarou-se indignada com o apoio à
direita dado nacionalmente pelo PSB.
A história é cruel: ou se aprende com ela, ou
repetem-se os erros do passado. E Marina conseguiu dividir mais um partido,
além de afundar sua reputação de partido de esquerda. Ou alguém duvida do
destino do PSB como um PV de 2014?
Ilustrações sobre a derrocada do PSB:
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